31 dezembro 2010

NUVENS

As vezes, muito de vez em quando, me pego pensando em coisas tão estranhas que até me envergonho.

Outrora pensava que nós, humanos, vemos nuvens como nuvens, mas será que as nuvens se veem como pessoas e a nós, humanos, como nuvens?

Faria muito sentido a mim as nuvens terem suas próprias vidas, pensamentos e emoções. E destas emoções nascessem as chuvas, tempestades e os dias de céu limpo. E não seriamos nós meros mascotes que sofrem que sofrem pelas emoções destas nuvens?

Estas nuvens-pessoas teriam uma vida intensa e curta já que mudam tão rápido e desaparecem dos céus. E afinal, não seria eu também uma nuvem-pessoa?

Penso eu, que quem inventou o avião não queria saber de voar, mas sim, de saber ser nuvem. E as nuvens, talvez, também queiram saber como é ser gente e por isso descem, formando as neblinas.

Nuvem por nuvem, fico com as nuvens de meus pensamentos-sonhos...




[inspirados nos pensamentos de José Rivas Mercury, grande amigo e divididor de estranhesas]

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