Perdemos a noção que nossa vidas são trechos, temos todo um passado antes e um futuro infinito depois. É fácil entender o porque perdemos essa noção, ora pois, o segundo vivido é muito mais intenso do que as lembranças do que se passou ou as preocupações com os que virão. Assim nós vivemos em um presente constante que esquecemos que não vale mais que o nossa vida como um todo.
Nossas almas se bagunçam pela falta de tempo de arrumamos, pela excesso de informações que bombardeiam em nossas vidas... e sem tempo para nós mesmos, bagunçamos o mundo ao nosso redor, sem conseguir nos arrumarmos por dentro.
É necessário limparmos as gavetas de nossas histórias, a bagunça de nossas vidas, não porque o Ano Novo está chegando ou algo assim, mas sim, por que é necessário nascer e renascer em nós mesmos de tempos em tempos. Como as folhas que caem no outono para nascerem verdes o fortes na primavera.
O fluxo do nosso viver as vezes é mais intenso do que reparamos, o que nos fazia sentido ontem, já parece asneiras hoje. O que era perfeito, torna-se lixo... e o que era distante, agora faz parte do nosso ser. É preciso saber sentir o fluxo, não para segui-lo, mas saber quando se esta nadando a favor ou contra a correnteza:
[o motivo para o texto começar com uma vírgula e acabar com dois ponto é o livro 'Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres' de Clarice, da qual tirei inspirações para esse texto]
Texto lindo, muuito bom para pensarmos em nossas vidas, o que smos, o que queremos de nós mesmo...
ResponderExcluirbjus